O fundo do poço é um espelho da alma. É onde encaramos os fracassos e conquistamos a calma.

No fundo do poço aceitamos quem somos. É aí, sozinhos, no escuro, que claramente vemos que não conseguimos viver em negação toda a vida. A esperança não está inteiramente perdida.

O fundo do poço é quando nós quisermos. O fundo do poço é quando nos aceitarmos. O fundo do poço é o momento da redenção. O fundo do poço é o momento da inversão.

No fundo do poço a vontade ecoa, a saudade grita, a lágrima flutua, a solidão acompanha, o desejo voa, o tempo pára e a decisão é só tua.

No fundo do poço a verdade é água gelada, que congela o medo e deixa de cara lavada.

Depois do fundo do poço não existe nada. Porque o fundo do poço não existe. Existe é um fundo de coragem que timidamente persiste. Existe um não querer aceitar o destino que se aproxima (existe um escrever de prosa que rima) e existe uma ligeira brisa que empurra, de volta, para cima.

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